Serão precisos cinco anos para restaurar monumentos em Palmira

"Precisamos obviamente do acordo da UNESCO e poderemos começar as obras num ano", disse o responsável de Antiguidades e Museus da Síria
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O diretor de Antiguidades e Museus da Síria afirmou hoje que serão necessários cinco anos para reabilitar os monumentos destruídos ou danificados na cidade antiga de Palmira, ocupada durante 10 meses pelo grupo radical Estado Islâmico (EI).

"Se tivermos a aprovação da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), precisaremos de cinco anos para restaurar os edifícios destruídos e danificados pelo EI", declarou Maamun Abdelkarim à agência France Presse, um dia depois da cidade de Palmira ter sido recuperada pelas forças pró-regime.

"Temos o pessoal qualificado, temos o conhecimento e a investigação, precisamos obviamente do acordo da UNESCO e poderemos começar as obras num ano", adiantou. Segundo Talal al-Barazi, governador da província de Homs, onde se localiza Palmira, o exército sírio completou hoje a desminagem e desativação dos explosivos colocados pelo grupo fundamentalista na zona monumental da cidade.

"A zona arqueológica já está limpa de minas e bombas deixadas pelos terroristas", declarou à agência noticiosa espanhola EFE num contacto telefónico.

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Além da cidadela do século XIII, que foi danificada nos combates pela recuperação da cidade, os 'jihadistas' destruíram os templos de Bel e Baalshamin, o Arco do Triunfo e várias torres funerárias e o Leão de al-Lât.

A antiga cidade de Palmira com mais de 2000 anos, apelidada de "pérola do deserto", foi classificada como Património Mundial pela UNESCO em 1980. Talal al-Barazi adiantou que os engenheiros das forças armadas continuam a desativação de explosivos no interior da cidade, estimando que o trabalho em Palmira estará concluído "dentro de um par de dias".

Uma vez garantida a segurança, começarão os trabalhos de reparação de serviços básicos como a água e a eletricidade, que deverão estar a funcionar dentro de uma semana, disse ainda o governador de Homs.

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