Sensibilidade e bom gosto

Crítica ao filme "Chama-me pelo teu nome", de Luca Guadagnino
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Pintar o amor numa idílica paisagem italiana. É isso que Guadagnino faz neste maravilhoso filme ambientado num verão dos anos 1980. Falamos de um amor que cresce à medida de delicados gestos de sedução, entre um adolescente e um homem mais velho. Um romance cuja beleza e genuinidade anula o menor indício de julgamento.

É nessa capacidade de nos colocar ao nível da verdade dos sentimentos que o realizador revela um olhar iluminado, em correspondência direta com a erudição que reveste Chama-me Pelo Teu Nome.

São afinal personagens cultas (sobretudo os pais do jovem) que, nessa abertura de espírito, conferem à crónica amorosa uma dimensão construtiva e sensível, ao invés da vulgar acumulação de peripécias dramáticas Timothée Chamalet e Armie Hammer são dois atores em estado de graça,

Classificação: **** (Muito bom)

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