Senegal e Colômbia: rivais, mas só até ao final do jogo
Isto foi demasiada pressão para Mattar Senne, Masse Diagne e outros tantos senegaleses que sofreram pela sua seleção no Terreiro do Paço, em Lisboa. É que não foram só eles torcer pelo Senegal. "África inteira esteve com os olhos postos neste jogo", avisa Masse. Afinal, tratava-se da única oportunidade de uma equipa africana seguir em frente.
O assunto é sério, "decisivo", aliás, como diz Ronaldo Costa, guineense, que veio do Barreiro para apoiar a equipa do Senegal: "Era um sonho, um grande sonho, se chegássemos às finais." Mas ficaram por aqui, deixando os adeptos momentaneamente desanimados. "Foi por pouco - desabafa Mattar -, mas a festa vai continuar".
Não é todos os dias que o Mundial acontece e já que foi a Colômbia a passar, o remédio é fazer a festa com os adversários. Senegaleses e colombianos são adeptos que jogaram em campos opostos, mas têm algo em comum: adoram de tirar fotos, seja entre eles, seja com os rivais. "Estamos aqui não só pelo futebol, mas também para conhecer pessoas de outros cantos do mundo", diz Adriana Zea, adepta da Colômbia a viver na cidade de Bucaramanga.
Durante o jogo, Senegal e Colômbia foram ilhas separadas no relvado da Arena Portugal. Adeptos trajados de amarelo para um lado e adeptos verdes para o outro. Nos intervalos e no final da partida, as ilhas juntaram-se, dando por terminadas as rivalidades. E a festa acabou com os dois lados abraçados para a fotografia.