Israel acusa Polónia de "querer reescrever a história"
O Senado da Polónia aprovou esta madrugada a polémica lei sobre o Holocausto, que tem como objetivo "defender a imagem do país", mas que é contestada por Israel, que acusa Varsóvia de "querer reescrever a história".
O diploma prevê até três anos de prisão ou uma multa para quem utilize a expressão "campos da morte polacos" para denominar os campos de extermínio instalados pelo regime nazi durante a Segunda Guerra Mundial.
Segundo o jornal israelita Haaretz, vários ministros do Governo de Telavive criticaram em termos fortes a posição do Senado polaco e um deles, Yisrael Katz, defendeu que a lei "constitui a negação da responsabilidade e do papel da Polónia no Holocausto judaico".
Na quarta-feira, os Estados Unidos da América juntaram-se aos protestos de Israel, pedindo a Varsóvia que reconsidere a sua posição e expressando "profunda preocupação" pelos efeitos do diploma.
"Expressões como 'campos da morte polacos' são imprecisas, suscetíveis de induzir a erros e causar feridas, mas receamos que se for promulgado o diploma afete a liberdade de expressão e o debate histórico", declarou a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Heather Nauert, em comunicado.
Para que entre em vigor, o texto precisa adora de ser promulgado pelo presidente polaco, Andrzej Duda.