Sempre ao lado de alunos e professores

Outros casos de serviço ao Estado. Na reforma mas a trabalhar na Educação e na Segurança. Luísa Moreira e o almirante Torres Sobral são exemplos
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Luísa Moreira meteu os papéis para a reforma não por idade, mas por tempo de trabalho cumprido. Mas nunca se desligou do que mais gosta: dos alunos, dos professores, do voluntariado e do projeto que fundou na área da educação, o Fénix que já está em 130 escolas.
"Continuo a acompanhar e a trabalhar com o projeto nas escolas. É um ato de voluntariado. Ficou uma pessoa legalmente a substituir-me pelo Ministério da Educação e eu estou como consultora. Estou continuamente a estudar, a investigar, a acertar o projeto para estar mais atualizado e responder melhor às condições profissionais dos professores e de aprendizagem dos alunos", diz, explicando o que a motiva. "Acho que ainda posso fazer alguma nesta fase da vida. Quando se trabalha com educação, é apaixonante poder continuar e estar ao lado das escolas, em especial dos professores. Ficaria triste se não pudesse fazê-lo".
A professora de 64 anos lembra que foi diretora de escola durante muitos anos e é esse o incentivo para continuar e afirma que não tem data limite para o deixar de fazer. O facto de não ter horário fixo, permite-lhe gerir tempo para si e para outra atividades. É que pelo meio tem ainda outro área que lhe preenche o dia. "Sou presidente da Cruz Vermelha da Póvoa do Varzim. Tem uma casa que acolhe crianças e jovens vítimas de maus tratos e abusos, jardim de infância, centros de apoio à família", explica Luísa Moreira.

Um woorkaholic mesmo na reforma

José Torres Sobral, 74 anos, reformado da Marinha desde os 65, é o presidente da Entidade Fiscalizadora do Segredo de Estado (EFSE). Não é remunerado, por ter optado pela pensão. Antes era o diretor-geral do Gabinete Nacional de Segurança (GNS), cargo que ocupou ainda no ativo, como almirante, tendo, depois de passar à reforma, há nove anos, continuado a pedido do governo.
Torres Sobral é dos maiores peritos nacionais em segurança das informações classificadas e foi um dos impulsionadores do Centro Nacional de Cibersegurança. Passos Coelho, apesar de ter forçado a retirada de funções públicas de quadros com mais de 70 anos, também manteve o almirante, pelas suas qualificações. E foi também o presidente do PSD que o indicou para a presidência da EFSE, por acordo com o PS.
Quem o conhece diz que é um autêntico woorkaholic. Quando parar de trabalhar, morre", admitiu ao DN um velho amigo que ocupa um posto superior na Marinha e que conhece Torres Sobral desde a escola naval. Não quis falar ao DN, mas na sua biografia oficial que ainda está na página do GNS, revela algum sentido de humor. "Desde há longa data que exerce, durante os fins de semana e nos períodos de férias, atividades de navegação e de recreio, sendo bom conhecedor das zonas costeiras atlânticas e mediterrânicas. Ultimamente procura também navegar na internet".

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