Sem Lemmy, os Motörhead não vão continuar

O baterista, Mikkey Dee, anunciou o fim da banda inglesa após a morte do seu fundador, Ian "Lemmy" Kilmister, a 28 de dezembro. "O Lemmy era os Motörhead."
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"Os Motörhead acabaram, claro", fez saber Mikkey Dee, baterista da banda desde 1992, ao jornal sueco Expressen, "O Lemmy era os Motörhead. Não vamos fazer mais digressões nem nada. E não haverá mais álbuns. Mas a marca sobrevive, e o Lemmy vive nos corações de toda a gente."

Foi ele, Ian "Lemmy" Kilmister, vocalista e baixista que, em 1975, fundou a banda de rock n'roll, como o próprio defendia, ao contrário da classificação "heavy metal" habitualmente atribuída.. No dia 26 de dezembro, Boxing Day no mundo anglo-saxónico, foi-lhe diagnosticado um cancro bastante agressivo. Morreria em casa, apenas dois dias depois, a 28 de dezembro, aos 70 anos.

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"Ele estava extremamente magro, despendia toda a sua energia no palco e no final estava muito, muito cansado. É inacreditável como conseguiu tocar, como conseguiu terminar a digressão europeia. Foi há 20 dias apenas. Inacreditável."

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Os Motörhead, banda de que Lemmy - nascido em Burslem, Inglaterra, em 1945 - foi ao longo dos anos o único membro constante, editaram 23 álbuns de estúdio. Entre eles destacam-se os mais aclamados Overkill (1979) e Ace of Spades (1980). Atuaram seis vezes em Portugal, a última delas no Rock in Rio Lisboa, em 2010. Além de Lee e Dee, a banda é composta por Phil Campbell, o guitarrista desde 1984.

A banda tinha uma digressão europeia agendada para este novo ano, que começaria a 23 de janeiro em Newcastle, Reino Unido, passando depois por França, Espanha, Suíça, Itália, Áustria ou Alemanha.

Aquando da morte de Lemmy, o jornalista de música britânico Mark Beech escreveu no Twitter o que, uma vez, Lemmy lhe terá dito: "Vou ser morto pela morte. Posso ser morto por demasiado álcool, mulheres ou música, mas não é um mau modo de morrer."

Numa entrevista à revista Karrang a propósito da cirurgia ao coração a que foi sujeito em 2013, contou como foi obrigado a cortar nos cigarros e no uísque, que terá substituído por vinho, e declarava: "Mas tenho a certeza de que vou morrer na estrada de uma ou outra forma."

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