Selma Uamusse, a moçambicana que pôs a dançar o FMM
Apetece dizer: não esqueçam este nome porque "está miúda é um exagero" como cantava Jorge Palma. Nasceu em 1981 em Moçambique, cresceu em Portugal, passou pelo gospel e pela soul, tem uma voz e uma presença em palco fortíssimas, chama-se Selma Uamusse e deu o melhor concerto destes três dias de FMM. Quem duvidasse bastava ver que, pela primeira vez o público arrumou as cadeiras que enchiam a praça Marquês de Pombal e levantou-se para dançar impelidos pelos saltos e movimentos de marrabenta feitos pela cantora, que aqui estreou em palco algumas das canções que integram o primeiro trabalho.
Hoje o festival começa a sua segunda parte, regressando a Sines. Os primeiros concertos serão no Pátio das Artes, com César Prata a revisitar as canções de tradição oral portuguesa e músicas medievais. Os Astrakan Project da Bretanha, Colin Stetson, saxofonista canadiano fazem os outros três concertos de um dia que acaba no palco da praia com uma performance de dança e teatro ritual da região de Kerala, na Índia. Este espetáculo de carácter sagrado integra o Património Imaterial da Humanidade da Unesco.