"Demos apoio técnico alargado para ao Governo onde apresentámos várias opções onde a despesa podia ser cortada no futuro. Penso é um elemento importante deste apoio e é preciso sublinhar que se tratam apenas de sugestões e algo que apresenta opções", afirmou Abebe Selassie numa conferência por telefone a partir de Washington..O responsável, que apresentava aos jornalistas os resultados da sexta avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), disse ainda que no que diz respeito à discussão sobre a reforma do Estado e as opções para se cortar os quatro mil milhões de euros propostos pelo Governo que o fundo irá ficar à espera das conclusões a que o Governo chegar após o diálogo com a sociedade, admitindo mesmo poderem incorporar aumento de impostos.."Deixamos para o Governo e para Sociedade ter um diálogo e decidir se e que cortes na despesa são desejáveis, e ouviremos as conclusões que o Governo chegar. (...) Se decidirem que são preferíveis aumentos de impostos, tentaremos ver como isso pode ser incorporado no programa", disse o chefe da missão do FMI..No entanto, Abebe Selassie afirma que "têm sido evidentes" muitas queixas da sociedade de que existe uma excessiva concentração da consolidação pelo lado dos impostos..Nesse sentido o fundo diz que esta proposta do Governo para cortar 4 mil milhões de euros na despesa é bem-vinda, não só para reequilibrar a composição do ajustamento para dois terços do lado da despesa e um terço do lado da receita, mas também porque o nível a que estão os impostos em Portugal já é demasiado elevado.