Seis angolanos repatriados para Luanda por verem entrada recusada em vários países
Seis cidadãos angolanos foram repatriados esta semana para Luanda, após recusada a entrada em vários países, incluindo nos Estados Unidos, por suspeita de vírus Ébola, disse hoje à Lusa o Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) de Angola.
De acordo com o relatório da atividade operacional do SME referente ao período entre 26 de fevereiro e 04 de março de 2015, dois destes cidadãos eram provenientes de Bruxelas (Bélgica) e Madrid (Espanha), tendo visto a entrada recusada por não cumprirem os requisitos do 'espaço Schengen', de livre circulação de pessoas no espaço europeu.
Ainda de Madrid foi repatriado outro cidadão, neste caso por uso de visto falso em passaporte, enquanto outro era proveniente do Rio de Janeiro, no Brasil.
Há ainda registo, no relatório do SME, de outro cidadão proveniente de Nova Iorque "por suspeita de vírus de Ébola", via Addis Abeba (Etiópia), mas sem adiantar mais pormenores.
Os seis cidadãos regressaram a Angola através do aeroporto internacional de Luanda, refere o SME.
No mesmo período, de acordo com o relatório, as autoridades angolanas aplicaram 131 multas (mais 17 casos face à semana anterior) a empresas e estrangeiros por violação da legislação nacional de imigração.
Não foi adiantada informação sobre a nacionalidade dos cidadãos multados.
Ainda na mesma semana foram expulsos de Angola, por via administrativa e judicial, 919 cidadãos estrangeiros em situação irregular no país, um aumento de quase 140 casos face à semana anterior.
Acrescem 474 cidadãos estrangeiros em situação ilegal que "aguardam a formalização das respetivas expulsões", menos 46 face à semana anterior.
O SME esclarece no mesmo relatório que entre a população estrangeira em situação ilegal, aguardando expulsão, lideram os cidadãos da República Democrática do Congo, com um total de 144 nacionais, seguido de casos da Guiné-Conacri, com 84 cidadãos.
A Polícia Nacional de Angola admitiu em janeiro último a existência de mais de meio milhão de imigrantes ilegais no país, garantindo prioridade no combate ao problema em 2015.