Segurança: Relatório anual que aponta para diminuição da criminalidade grave é entregue hoje
O RASI de 2018, aprovado na quarta-feira pelo Conselho Superior de Segurança Interna, dá conta de uma diminuição de 8,6% da criminalidade violenta e grave no ano passado, em relação a 2017, e de uma descida de 2,6% dos crimes gerais.
O homicídio voluntário consumado aumentou 34,1% e os crimes de extorsão subiram 46,4% no ano passado em relação a 2017, segundo dados do RASI a que Lusa teve acesso
Em conferência de imprensa realizada após a reunião Conselho Superior de Segurança Interna, a secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, Helena Fazenda, afirmou que se verificou um aumento da criminalidade geral nos distritos do Porto, Beja e Leiria, "embora em números não muito significativos".
Por sua vez, a criminalidade violenta e grave desceu nos distritos Lisboa, Setúbal e Faro, tendo também diminuído, em relação aos crimes gerais, em Lisboa, Coimbra e Braga, afirmou Helena Fazenda.
Segundo o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, para uma "significativa diminuição" da criminalidade contribuiu a descida dos crimes de incêndio e fogo posto, contrafação e falsificação de moeda e da passagem de moeda falsa, condução de veículo com taxa de álcool superior ao permitido por lei, roubos por esticão e na via pública sem ser por esticão.
Eduardo Cabrita destacou também as descidas da criminalidade em contexto escolar e grupal, além dos assaltos a caixas de multibanco.
No entanto, o ministro considerou preocupante os 110 homicídios registados em 2018, que aumentaram 34,1% em relação a 2017 (mais 28).
No ano passado, as forças e serviços de segurança (GNR, PSP, SEF, Polícia Judiciária e Polícia Militar) registaram um aumento geral do seu efetivo de 0,4%, de acordo com o RASI.