Segurança acusada de encobrir prostituição e narcotráfico
A porta-voz do Departamento de Estado, Jennifer Psaki, no seu habitual encontro diário com os jornalistas, não contestou ontem nenhum dos casos citados num relatório da Inspeção-Geral do Departamento de Estado, revelado publicamente pela televisão CBS.
Entre os oito assuntos referidos no memorando, os agentess de segurança diplomática que protegiam a ex-secretária de Estado, Hillary Clinton, são supostamente acusados de "contratar prostitutas durante viagens oficiais ao estrangeiro", uma prática "endémica", segundo a inspeção-geral.
O documento refere também a existência de uma "rede clandestina de tráfico de drogas" envolvendo a embaixada dos Estados Unidos em Bagdad que fornecia estupefaciente a trabalhadores contratados no local para a segurança diplomática.
Os funcionários afirmaram ainda à inspeção-geral que foram convidados a parar a investigação sobre um embaixador norte-americano "suspeito de ser cliente de prostitutas num jardim público", segundo a CBS.
"Nós levámos muito a sério as alegações de má conduta. Todos os casos mencionados na reportagem da CBS foram ou serão objeto de uma investigação minuciosa", disse Psaki, referindo que a segurança diplomática protege o secretário de Estado, todos os seus assistentes e 70.000 pessoas que trabalham para a rede diplomática mundial em Washington e em 275 postos diplomáticos.
"Temos de nos colocar atrás das grades os indivíduos pelo comportamento criminal. Embaixadores não serão exceção", disse o porta-voz.