Segundo Rakesh Kanabar, a construção do novo hotel - com 175 quartos, auditório, salas de conferências, SPA, ginásio, "kids club" e uma praça de eventos com dois mil metros quadrados - tem início nos primeiros meses do próximo ano, estando a inauguração prevista para 2012.."Fechámos o contrato com a cadeia a 2 de Junho, em Paris, depois de ano e meio de negociações", observou o presidente do grupo nortenho, fazendo notar que, "com a nova unidade, fica consolidada a oferta da Hilton, no Algarve"..Depois da inauguração do Hilton "As Cascatas", em Vilamoura, em parceria com o Grupo Imocom, a cadeia preferiu voltar a investir no Algarve, antes de se estender ao resto do país..Será assim a segunda unidade da cadeia norte-americana na região, mas acima de tudo o regresso de novos investimentos em hotelaria de luxo ao concelho que viu nascer o primeiro cinco estrelas da região. Foi o Hotel da Penina, em 1966, ao qual se seguiu um ano depois o Hotel Algarve, na Praia da Rocha, e o Hotel Alvor, em 1968..Quarenta e um anos depois, é a Hilton a reforçar a oferta de cinco estrelas, tendo como alvo, refere o empresário, "não só o turismo familiar, como o empresarial, onde a cadeia domina há muitos anos".."Nós queríamos a força da marca Hilton e aquilo que vai nascer será um top Hilton, de super luxo, no qual optámos por fazer quartos, não de 28, mas de 32 metros quadrados", explicou ainda Rakesh Kanabar..A unidade vai nascer no seio de um "resort lifestyle" com 22,5 hectares, junto à praia, e uma área residencial com 197 moradias e "townhouses", desenhada pelos gabinetes de arquitectura WATG e Broadway Malyan. .Ao todo, o Grupo HN irá investir 150 milhões de euros no projecto, dos quais 50 milhões estarão afectos somente à construção do hotel. Tamanho investimento em plena crise financeira mundial, "só foi possível porque está a ser planeado há já dois anos", disse ainda..Trata-se da primeira aventura do grupo imobiliário fora do distrito em que está sedeado (Porto) e a sua estreia na imobiliária turística mas, ainda assim, não foge à regra do modelo financeiro da HN: "é financiado pela banca", refere o empresário..Admite que, "se fosse hoje, não iria comprar mais um terreno de 50 milhões de euros", mas acredita que dentro de três ou quatro anos, já terá sido retomada a confiança dos mercados financeiros e mercados, como o britânico e o irlandês, "estarão preparados para começar a investir e a comprar aqui no Algarve". O seu objectivo é, assim, "ter o produto pronto no momento certo".