SEF controlou José Veiga e Santana Lopes em Tires
O empresário e ex-agente de futebol, José Veiga, e o irmão de Pedro Santana Lopes, ex-primeiro ministro e provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Paulo Santana Lopes, foram controlados pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), quando aterravam no aeródromo de Tires, Cascais, nas viagens do Congo. Veiga e Santana Lopes, detidos com a advogada Maria Barbosa, na passada quinta-feira, são indiciados, entre outros, pelos crimes de corrupção internacional, branqueamento de capitais, têm estado a ser ouvidos este fim de semana pelo juiz Carlos Alexandre.
O aeródromo privado de Tires era utilizado frequentemente nas suas viagens internacionais e há suspeita que por ali tenham feito passar milhões de dólares e euros.
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Questionado pelo DN sobre esta situação, o SEF confirma que "relativamente aos dois cidadãos referenciados pela imprensa como tendo viajado para/de África, recorrendo ao aeródromo de Tires, o SEF seguiu os procedimentos referidos". De acordo com a explicação deste serviço de segurança os "procedimentos referidos" consistem em que "os operadores dos voos privados que pretendem utilizar o aeródromo, solicitam autorização à Autoridade de Proteção Civil", a qual, por sua vez, informa o SEF, a Autoridade Tributária e a PSP, para que indiquem se o voo será alvo de controlo.
Em 2015, o SEF - cuja função se limita à verificação documental, sem inspeção de bagagens - efetuou 297 "controlos de fronteira (extra-Shengen)", neste aeródromo. Um número menor que em 2014 (336) e em 2013 (345). O SEF não quis informar sobre se, nos controlos a Veiga e a Santana Lopes tinha sido detetada alguma irregularidade.
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