Secretário de Estado garante VMER 99% disponíveis
"A totalidade da disponibilidade das VMER no país é, neste momento, muito superior àquilo que era no passado, com taxas sustentadamente próximas dos 99% em todo o país e com um grande número de VMER já acima dos 99% de disponibilidade. Não quer isto dizer que não possa haver casos pontuais como o que encontrámos, em que uma VMER tenha estado inoperacional por algumas horas, em determinado período do dia", afirmou Leal da Costa, no parlamento, após um debate.
O governante fora questionado sobre a falha na VMER de Évora em acorrer a um acidente rodoviário, na noite de domingo, perto de Reguengos de Monsaraz. Do despiste do automóvel resultou a morte de dois homens, de 46 e 52 anos, que foram assistidos por uma tripulação de bombeiros de uma ambulância de Estremoz, em virtude da inoperacionalidade da VMER eborense.
"Para obviar a isso, o que vamos continuar a fazer é, por um lado, promover, como está previsto na lei, a integração plena das 42 VMER nas estruturas dos hospitais, fazendo um protocolo de entendimento com o INEM. Por outro, assegurar que todos os médicos e enfermeiros que estão preparados, treinados, capacitados, para serem tripulantes de VMER, possam efetivamente fazê-lo", adiantou.
Leal da Costa declarou ainda que o Ministério da Saúde irá, "simultaneamente, entregar todo o processo de coordenação da VMER ao responsável do serviço de urgência, de forma a que a integração seja plena, e, ao mesmo tempo, encontrar forma de que isso seja enquadrado na esfera de coordenação do diretor clínico do hospital e que haja uma remuneração uniforme, de acordo com aquilo que está previsto".
"As faltas que existem não resultam de recusas dos trabalhadores, antes pelo contrário, mas de situações pontuais, como a que aconteceu de uma doença de um médico, cuja substituição não estava prevista, infelizmente, o que não deveria ter acontecido, obviamente", justificou ainda o secretário de Estado, garantindo não existir falta de elementos, uma vez que, "no ano passado, o INEM treinou 698 profissionais, dos quais quase 500 eram médicos".
Entretanto, o PS anunciou que formalizará na Assembleia da República, a entrega de um requerimento para que o ministro da Saúde, Paulo Macedo, seja ouvido no Parlamento sobre urgência e emergência médica, considerando "intoleráveis" recentes casos de mortalidade.