Secretaria de Estado para a Igualdade vai financiar programa para mediadores ciganos
O programa para a formação de mediadores ciganos, o ROMED, entra na 3.ª edição, desta vez com o apoio financeiro da secretaria de Estado para a Cidadania e a Igualdade. Foi criado no âmbito do Programa Europeu de Formação de Mediadores, que termina este ano o seu financiamento. E será o governo português a participar com 93 mil euros para o biénio 2019-2020.
O objetivo dos mediadores é promover "uma melhor comunicação e cooperação entre as comunidades ciganas e as instituições públicas". E, em Portugal, está na base do aparecimento dos Grupos de Ação comunitária (GAC) entre a população cigana.
O programa surgiu em 2011 com a dinamização do Alto Comissariado para as Migrações (ACM) e, desde 2013, é executado pelas Letras Nómadas (Associação de Investigação e Dinamização das Comunidades Ciganas), entidades que mantém o seu envolvimento.
Desde a sua criação, o ROMED contou com mais de 100 ciganos envolvidos na criação e ação de grupos nos municípios da Figueira da Foz, Torres Vedras, Moura, Beja, Barcelos, Seixal e Elvas. Os representantes destes sete municípios estarão presentes na apresentação da nova edição, na manhã desta quinta-feira, no Palácio Foz, em Lisboa.
São as autarquias que mantêm o interesse em ter mediadores de etnia cigana, já que alguns deixaram de o fazer. A intenção de Rosa Monteiro é não só manter os GAC existentes como criar novas destas estruturas em outros concelhos.
Esta quarta-feira à tarde, iniciam-se as celebrações do do 10.º aniversário do Projeto de Promoção do Empreendedorismo Imigrante PEI) com um colóquio sobre Empreendedorismo Migrante em Portugal, nas instalações do ACM, em Lisboa.
Serão entregues 139 certificados de participação (90 mulheres e 49 homens) e 29 cartas de recomendação dos cursos de Apoio à Criação de Negócios, realizados em 2018, bem como uma feira de empreendedorismo e mostra de produtos.
Desde 2009, realizaram-se 126 ações de formação através do PEI, que envolveram 2159 participantes. Estas deram lugar a 173 negócios, 57 % dos quais criados por mulheres. Abriram atividade em áreas como consultoria/importação-exportação, artesanato em madeira, organização de eventos, barbearia, doçaria tradicional e coaching (treino pessoal).