Seca: Cerca de 1 ME executado dos 15 ME disponíveis para apoiar agricultores

O ministro da Agricultura disse hoje que, dos 15 milhões de euros disponibilizados para apoiar os agricultores devido à seca, "há cerca de um milhão de euros executado", apontando como obstáculo à execução a falta dos comprovativos da despesa.
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"Dos cerca de 1.500 projetos que foram apresentados, estão neste momento aprovados cerca de 1.300", avançou Luís Capoulas Santos, no final da reunião da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca, que decorreu em Lisboa, com a participação de associações e confederações de agricultores.

Em declarações à agência Lusa, o tutelar da Agricultura afirmou que os projetos estão contratados e se não há mais execução financeira é porque os agricultores não apresentaram ainda os comprovativos da despesa, já que se trata de "fundos comunitários que têm uma gestão rigorosa e os pagamentos são efetuados contra o pagamento das despesas".

A 09 de janeiro, a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) disse que a ajuda do Governo para a situação de seca "ainda não chegou", revelando que, dos 15 milhões de euros anunciados, apenas foram pagos cerca de 20 mil euros.

"Quem sentiu e está ainda a sentir na pele os efeitos da seca dramática que Portugal atravessa são os produtores pecuários", afirmou o presidente da CAP, Eduardo de Oliveira e Sousa, indicando que os agricultores "solicitaram ajuda no início da Primavera do ano passado, ajuda essa que ainda não chegou" quando já começou o ano de 2018.

De acordo com Capoulas Santos, o problema "mais premente" que o setor da agricultura enfrenta devido à situação de seca é a falta de alimentos para os animais, "já que as reservas se têm vindo a esgotar, não choveu o suficiente para o desenvolvimento das pastagens e o frio que tem ocorrido nos últimos tempos tem travado o seu crescimento"

"Existem alguns problemas para os animais não só na alimentação como no abeberamento, garantir pontos de água", reforçou o ministro da Agricultura.

Neste âmbito, o governante lembrou as "muitas medidas" tomadas pelo executivo, nomeadamente a redução do preço da água do Alqueva em 30%, a criação de uma linha de crédito de cinco milhões de euros para a alimentação dos animais, um conjunto de derrogações da Política Agrícola Comum e a antecipação de cerca de 500 milhões de euros de pagamento de ajudas comunitárias.

"Estamos obviamente preparados, a monitorizar a situação e prontos a adotar as medidas que as circunstâncias determinarem", assegurou Capoulas Santos.

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