Se Zelaya tenta chegar às Honduras “existem 25 mil para o deter”
O chefe da diplomacia hondurenho indicou aos jornalistas que Zelaya, destituído pelos militares no domingo, pode regressar às Honduras como cidadão, mas "será detido" porque existem ordens para a sua captura por uma série de delitos que presumivelmente cometeu.
A mulher de Zelaya, Xiomara Castro, disse hoje à emissora colombiana RCN que o Presidente deposto viajará para as Honduras no fim-de-semana.
Zelaya disse inicialmente que ia regressar quinta-feira, mas posteriormente referiu que esperará que termine o ultimato de 72 horas que a Organização dos Estados Americanos (OEA) deu ao governo do Presidente Robert Micheletti.
A Assembleia-Geral da OEA exigiu ao governo das Honduras a restituição do deposto Presidente Manuel Zelaya no prazo de três dias, caso contrário o país poderia ser expulso da organização.
Perante informações de que Zelaya podia chegar acompanhado de algum Presidente latino-americano e do secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, Ortez disse que qualquer outro visitante podia entrar e ser recebido, "mas não Manuel Zelaya".
Zelaya, que assumiu o poder a 27 de Janeiro de 2006 para um mandato de quatro anos, foi deposto pelos militares que alegaram cumprir uma ordem judicial para travar uma consulta popular para reformar a Constituição, promovida pelo então presidente apesar de uma proibição legal.
O presidente deposto foi enviado de avião para a Costa Rica e no mesmo dia substituído por Roberto Micheletti, por decisão do Parlamento, ao qual presidia.
Micheletti é do Partido Liberal, tal como Zelaya.