Scholz quer que forças armadas alemãs sejam as "mais bem equipadas" da Europa

Chanceler alemão justificou reforço meios por a Alemanha se tratar do "país mais populoso, com maior poder económico" e geograficamente no centro do continente.
Publicado a
Atualizado a

A Alemanha está pronta para assumir um papel de liderança na garantia da segurança da Europa, afirmou esta sexta-feira o chanceler Olaf Scholz, quer prometeu transformar forças armadas germânicas nas "mais bem equipadas" do continente.

Sublinhando que a Rússia de Vladimir Putin representa agora a "maior ameaça" para a NATO, Scholz disse que a Europa precisa de estar preparada para enfrentar o desafio.

"Estamos a deixar isso claro de forma convincente: a Alemanha está pronta para assumir a liderança da segurança do nosso continente", afirmou durante um congresso do exército.

"Como o país mais populoso, com maior poder económico e como um país no centro do continente, o nosso exército deve tornar-se a pedra angular da defesa convencional na Europa, a força mais bem equipada da Europa", prosseguiu.

Scholz disse que o exército alemão assumiu durante muito tempo outros papéis, como "perfurar poços, garantir ajuda humanitária, conter inundações e também ajudar na vacinação durante a pandemia", mas que "essa não é a sua missão principal".

"A tarefa central da Bundeswehr é a defesa da liberdade na Europa", vincou.

Assombrada por duas guerras mundiais, a Alemanha sempre se mostrou silenciosa no cenário mundial quando se tratava de conflitos e assuntos militares, mas a invasão russa da Ucrânia levou o governo de Scholz a romper com a política externa e de Defesa que durava há décadas.

Dias depois de as forças russas terem invadido a Ucrânia, o chanceler anunciou um fundo de 100 mil milhões de euros para reforçar a Defesa da Alemanha e compensar décadas de subfinanciamento crónico.

A bazuca financeira para a Bundeswehr já foi escrita na Constituição alemã.

A maior economia da Europa também elevará os gastos militares a 2% do produto interno bruto, após anos de subinvestimento, o que irritava os parceiros da NATO.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt