Satisfação com o Governo e pessimismo sobre o futuro
Os portugueses nunca estiveram tão satisfeitos com a forma como o Governo tem gerido a pandemia (61%), de acordo com uma sondagem da Aximage para o DN, JN e TSF. Mesmo que uma pequena maioria defenda medidas mais restritivas para esta quinta vaga (47%). E que estejam agora mais pessimistas sobre o tempo necessário para que tudo regresse à normalidade (18% dizem que isso nunca vai acontecer).
A evolução é evidente, quando se comparam os resultados deste mês de dezembro com as respostas obtidas ao longo dos últimos 12 meses: em julho, foram apenas 42% a dar nota positiva ao Governo de António Costa, no que diz respeito à gestão da pandemia; em março tinham sido 50%; em dezembro do ano passado, foram 48%. Hoje, são 61%.
O saldo é aliás positivo em todos os segmentos da amostra, incluindo os partidários. Não surpreende que a maior adesão se verifique entre os que pretendem votar no PS (87% dizem que tem estado bem ou muito bem). Mas é significativo que o Governo consiga o reconhecimento de 59% dos sociais-democratas e um saldo positivo até entre os que preferem o Chega (38% de avaliações positivas).
Apesar da benevolência face ao Governo, há uma maioria de inquiridos que gostaria de ver maiores restrições para conter a quinta vaga da pandemia (47%). Essa vontade é mais vincada entre os que habitam na Região Norte (58%) e os que votam no PAN (59%) e no BE (58%).
São um pouco menos os que defendem que as medidas atuais são suficientes (40%). Mas estão em maioria em alguns segmentos. É o caso, concretamente, dos que vivem nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa, dos que têm 65 ou mais anos e dos que anunciam o voto nos socialistas e nos liberais.
FICHA TÉCNICA DA SONDAGEM
A sondagem foi realizada pela Aximage para o DN, TSF e JN, com o objetivo de avaliar a opinião dos portugueses sobre temas relacionados com a gestão da pandemia. O trabalho de campo decorreu entre os dias 9 e 13 de dezembro de 2021 e foram recolhidas 810 entrevistas entre maiores de 18 anos residentes em Portugal.
Foi feita uma amostragem por quotas, obtida através de uma matriz cruzando sexo, idade e região (NUTSII), a partir do universo conhecido, reequilibrada por género, grupo etário e escolaridade. Para uma amostra probabilística com 810 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,017 (ou seja, uma "margem de erro" - a 95% - de 3,44%).
Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem, Lda., sob a direção técnica de Ana Carla Basílio.