UE quer governo estável em São Tomé
A representação em São Tomé da União Europeia (UE) defendeu que o governo saído das eleições de 7 de outubro neste país deve ter "uma base sólida, estável e inclusiva", numa declaração a que a Lusa teve hoje acesso.
"A União Europeia deseja que a formação do novo governo crie uma base sólida, estável e inclusiva que possibilite ao país ultrapassar os desafios intrínsecos para um desenvolvimento sustentável e prosseguir a construção de um futuro próspero e sereno para o povo são-tomense", refere a declaração.
O documento foi emitido pela embaixada de Portugal na capital são-tomense, na sua condição de representação local da União Europeia.
A UE referiu que as eleições legislativas, regional e autárquicas decorreram com "um elevado e notório índice de participação", prometendo "continuar a acompanhar o povo são-tomense nesse caminho" de um futuro próspero e sereno.
Na curta declaração, a UE saúda o escrutínio eleitoral, que considera ter sido realizado "em concordância com o previsto na Constituição" e o "apego do país à democracia".
De acordo com os resultados oficiais das legislativas, divulgados pelo Tribunal Constitucional na sexta-feira passada, a Aliança Democrática Independente (ADI) ganhou as eleições com 25 deputados, enquanto o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social-Democrata (MLSTP-PSD) conquistou 23 assentos, a coligação PCD-UDD-MDFM obteve cinco lugares e foram eleitos dois deputados independentes pelo distrito de Caué.
A oposição - MLSTP e coligação - reivindicou vitória nas eleições, com maioria absoluta, por conseguir em conjunto 28 assentos na Assembleia Nacional.
A ADI afirma-se decidida "a assumir as suas responsabilidades e a governar o país", anunciando que convidou os partidos políticos que concorreram às eleições para discutir a formação do próximo governo.
*Jornalista da agência Lusa