São Francisco designa NRA de terrorista. Associação de armas responde com queixa
A Associação Nacional de Armas (NRA, na sigla em inglês) apresentou queixa num tribunal federal contra a cidade de São Francisco, em represália por esta a ter declarado como "organização terrorista doméstica".
A NRA, que tem quase cinco milhões de membros, alega que esta categorização se destina a afastar a organização do debate sobre o controlo das armas e põe em causa os seus direitos de liberdade de expressão.
Segundo a queixa, a decisão unânime do órgão legislativo de São Francisco de limitar as agências locais de trabalhar com empresas que tenham negócios com a NRA significa, na prática, a criação de uma lista negra.
O caso surge no meio de um debate nos EUA depois de mais uma série de tiroteios, incluindo um no mês passado em El Paso, no qual 22 pessoas morreram e 24 ficaram feridas.
A NRA, um grupo de lobby de armas com profunda influência política com "uma rica história em providenciar instruções sobre segurança de armas de fogo, alega que no processo que São Francisco está a violar o seu direito de liberdade de expressão por motivos políticos, segundo os jornais locais como o San Francisco Chronicle .
"Este processo vem com uma mensagem para aqueles que atacam a NRA. Nunca vamos parar de lutar pelos nossos membros e as suas liberdades constitucionais", disse o líder do grupo, Wayne LaPierre, numa declaração.
Para uma das 11 eleitas por São Francisco, Catherine Stefani, disse ao The New York Times que está convencida que a decisão da cidade tem validade. "É uma resolução, não uma lei, não é vinculativa", indicou.