Numa audição na comissão de saúde sobre "a morte de doente relacionada com atraso na assistência clínica", solicitada pelo grupo parlamentar do PCP, Carlos Martins garantiu que o sistema criado desde 2008 não trouxe falhas e, por isso, não foi objeto de nenhuma alteração.."Não temos nenhuma morte por falta de assistência nesta área específica", disse o administrador. "Desde 2008 que temos um sistema que funcionou. E de acordo com o relatório que solicitei, e que foi feito pelos médicos que dirigem o serviço, não temos nenhum a registo de falha de tempo, nenhuma morte por hemorragia ou por recusa de qualquer profissional em comparecer no hospital para tratar nenhum doente. É essa a prática corrente.".40 a 50 aneurismas rotos por ano.Recusando divulgar detalhes da investigação em curso ou comentar a resposta de outras unidades - em particular a de São José, onde ocorreu a morte do jovem de 29 anos - Carlos Martins justifica que não há hospitais que apostem num regime em presença física e que o problema não se deveu à falta de neurocirurgiões, que estão em presença física 24 horas na unidade..[artigo: 4952620].A casuística em aneurismas rotos no CHLN, "nos últimos seis anos tem sido de 40 a 50 casos por ano, um em cada sete dias. Na altura da proposta do diretor em 2008, era referido que a casuística era de 25 a 40 e por isso era a melhor opção, e os profissionais aceitavam..Questionado sobre se de facto a unidade tem resposta 24 sobre 24 horas, o administrador diz que em bom rigor sim, exceto nos casos em que não estão a dar resposta ao fim de semana, devido às alterações recentes que colocam Santa Maria e São José em alternância de resposta. "Mas se for necessário, podemos chamar a nossa equipa. Temos pessoas treinadas que podem ser acionadas total ou parcialmente"..Unidade não foi contactada por São José.Carlos Martins voltou a esclarecer que nunca foi contactado pelo Hospital de São José no dia em que morreu o jovem David Duarte, tal como o DN noticiou em primeira mão. E explicou que pôs o lugar à disposição quando ainda não estava em posse dessa informação. "Entendi colocar o lugar à disposição como forma de estar, deixando total liberdade ao senhor ministro para fazer o que entendesse e promover as investigações pertinentes. Fi-lo porque nesse final de tarde os dados disponíveis indicavam que o Hospital de Santa Maria tinha sido acionado e não tinha respondido.".Ao final do dia, porém, o diretor de serviço informou que afinal "não tínhamos sido acionados neste caso em particular. No entanto, a decisão já tinha sido tomada."