Sánchez vai centrar-se em Díaz para depois se aliar a Patxi

Número dois da líder dos socialistas andaluzes pediu ao ex-secretário-geral para não enganar os militantes
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Com o anúncio da sua candidatura a secretário-geral do PSOE feita no sábado, Pedro Sánchez está a agora concentrado na sua estratégia de campanha e que terá como alvo Susana Díaz, a sua grande rival dentro do partido e que deverá ser a terceira concorrente à liderança dos socialistas espanhóis.

Segundo o jornal ABC, fontes da equipa de Sánchez explicaram que uma campanha centrada na presidente da Andaluzia deixará aberta uma possível aliança com Patxi López, o primeiro a apresentar a sua candidatura e um antigo aliado do ex-secretário-geral do PSOE. Até porque esperam que os sanchistas que já anunciaram apoiar o antigo líder do governo basco agora voltem atrás nas suas intenções. "Estão a dizer-nos que decidiram apoiar Patxi porque pensavam que o Pedro não se ia apresentar e agora têm de ver o que irão fazer", disse fonte próxima de Sánchez ao ABC.

Esta estratégia está dependente de Díaz apresentar ou não a sua candidatura às primárias, marcadas para maio. Sendo que neste momento, e com cada vez mais apoios públicos ao seu nome (como José Luis Zapatero e Alfredo Pérez Rubalcaba), a questão não é de se, mas sim quando. Até lá a presidente da Andaluzia mantém a sua postura: evitar falar diretamente no assunto, deixando os ataques mais frontais ao seu número dois, Juan Cornejo.

O secretário de Organização do PSOE andaluz defendeu ontem que a existência de um debate "limpo" na campanha para as primárias e, embora garanta que a sua federação "respeita" a candidatura de Sánchez, pediu ao ex-secretário-geral que não "engane" os militantes. "Chega de demagogia, de mentiras e de enganar", afirmou o número dois de Díaz.

A entrada de Susana Díaz na corrida e a possibilidade de se tornar a nova secretária-geral dos socialistas irá trazer, porém, um grande problema ao PSOE: segundo o La Vanguardia, o Ciudadanos irá deixar cair a aliança com o partido na Andaluzia se Díaz abandonar a presidência da região. O que obrigaria os socialistas a novas negociações para manterem esta comunidade.

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