Samakuva, reeleito, quer ganhar eleições gerais de 2017

Líder da UNITA desde 2003, Isaías Samakuva afirma que "ponto de chegada" é o poder em Luanda.
Publicado a
Atualizado a

O presidente reeleito da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Isaías Samakuva, apelou hoje à "unidade" do partido para fazer "renascer a pátria angolana" nas eleições gerais de 2017, em que será candidato.

O líder do maior partido da oposição angolana falava no encerramento do XII congresso ordinário da UNITA, que decorria desde quinta-feira em Viana, arredores de Luanda, encontro durante o qual foi reeleito no cargo, com 82,8% dos votos.

"Este mandato não podia ser mais claro e inequívoco", enfatizou Isaías Samakuva, interpretando o resultado desta eleição como a vontade dos militantes para que leve o projeto para partido "até ao fim", ou seja, apontando o objetivo de vitória nas próximas eleições gerais.

Em funções há 12 anos, Samakuva foi reeleito com 949 dos votos dos delegados que participaram na votação (1.146).

"A cidade alta [palácio presidencial] é o ponto de chegada. Já estamos em Luanda, falta chegarmos à cidade alta", afirmou o reeleito líder da UNITA, perante o congresso, pouco depois de ter tomado posse para novo mandato.

Assumindo-se como candidato às eleições gerais de 2017, Samakuva apelou à "unidade" do partido e da sociedade civil para fazer a "mudança que produza o renascer da pátria angolana" no próximo ato eleitoral.

Além disso, assegurou que contará com os dois candidatos derrotados na eleição de hoje para integrarem a equipa de dirigentes na campanha até 2017.

"Fomos concorrentes durante uns dias, não deixamos de ser irmãos da mesma trincheira", disse.

Lukamba Paulo 'Gato', que reeditou o duelo de 2013 com Samakuva, tendo agora arrecadado 167 votos (14,5%), classificou este congresso como um "exercício exemplar de democracia".

"Os delegados fizeram a sua opção de continuidade. Eu respeito. Prometo perante todos a minha a lealdade e colaboração", afirmou o general e deputado 'Gato', deixando o aviso de que, apesar da derrota, "voltaria a concorrer".

O também general e deputado Abílio Kamalata Numa, que arrecadou surpreendentemente apenas 25 votos (1,7%), tendo em conta as perspetivas no início do congresso, assumiu perante os militantes, logo após serem conhecidos os resultados, o sentimento de "missão cumprida".

"Estaremos aqui ao serviço da UNITA nas batalhas de 2017. A UNITA acaba de dar mais uma lição de democracia ao país", atirou.

Os três candidatos foram efusivamente saudados pelas várias centenas de militantes que assistiram ao encerramento do congresso.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt