Sair da UE, ficar na Europa

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No dia 29 de março a primeira-ministra Theresa May irá acionar oficialmente o artigo 50. Nesta data colocaremos em prática a decisão tomada pelo povo britânico em junho do ano passado e daremos início ao processo formal de saída do Reino Unido da União Europeia.

Não subestimamos a magnitude desta decisão. Significa que o Reino Unido vai passar por um período de mudanças muito importantes. Significa que teremos de passar por uma negociação difícil. Significa aceitar a incerteza. No entanto, estamos confiantes de que será possível alcançar um acordo positivo. Estamos confiantes por causa dos valores e interesses partilhados que nos unem. Não queremos prejudicar a União Europeia; queremos que ela seja um sucesso e queremos que os seus Estados membros prosperem. Congratulamo-nos com o espírito construtivo que Portugal tem evidenciado e acreditamos que, com boa vontade de todos os lados, poderemos encontrar um caminho que seja bom para o Reino Unido mas também para a UE.

Também estamos confiantes porque vamos entrar neste "terreno inexplorado" com uma economia forte e resiliente, com uma taxa de crescimento superior às outras economias do G7 e com a menor taxa de desemprego da nossa história.

E se é verdade que vamos sair da UE, não iremos sair da Europa. Continuaremos parceiros confiáveis, aliados de boa vontade e amigos próximos dos nossos vizinhos. Continuamos a mesma nação aberta, virada para o exterior e global que sempre fomos.

Partilhamos com Portugal uma ligação única - a mais antiga aliança diplomática e militar, uma aliança que perdura há mais de seis séculos e que atravessou alguns dos acontecimentos mais marcantes da história mundial. Aguardo com expectativa a oportunidade de começar a trabalhar com Portugal num novo capítulo da nossa revitalizada e ambiciosa relação bilateral. Uma aliança verdadeiramente moderna e que perdurará por muitos mais séculos.

Embaixadora britânica

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