Rússia e Ucrânia anunciaram esta quinta-feira que trocaram 20 soldados cada nesta que foi a mais recente troca de prisioneiros dos dois países em guerra.."Outra troca de prisioneiros, outro momento de alegria", disse o assessor presidencial ucraniano Andriy Yermak no Telegram. "Conseguimos libertar 20 pessoas", revelou, explicando que se trata de "14 soldados do exército ucraniano, quatro membros da defesa territorial, um membro da guarda nacional e um membro da marinha ucraniana", disse Yermak..Yermak publicou duas fotografias e um pequeno vídeo dos prisioneiros libertados em uniforme militar sentados num autocarro, referindo que os soldados libertados estavam a efetuar exames médicos..O Ministério da Defesa da Rússia anunciou, através de um comunicado no Telegram, que "20 soldados russos voltaram do território ucraniano controlado por Kiev" e estavam a receber a ajuda médica e psicológica de que precisavam..Na terça-feira, Andrii Yermak havia anunciado uma troca de prisioneiros com a Rússia que envolveu 32 soldados ucranianos e a recuperação do corpo do israelita Dmytro Fialka..As autoridades ucranianas calculam que cerca de 2500 militares e combatentes estrangeiros estão atualmente retidos na Rússia..O acordo mais relevante até ao momento ocorreu em 21 de setembro com a troca de mais de 200 prisioneiros pelas duas partes, na sequência de negociações que envolveram países terceiros..O Papa Francisco também reconheceu o seu envolvimento pessoal nessa negociação..A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia já causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945)..A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.