Rui Moreira exige à banca um comportamento responsável

"A banca está a utilizar a poupança dos portugueses para comprar divida pública, financiar autarquias e consumo", diz Rui Moreira, exemplificando a oferta de cartões de crédito em supermercados, com taxas de juro a 30%, um "escândalo" que lembra o negócio da Dona Branca "e que deveria ser penalizado".
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O Presidente da Associação Comercial do Porto alerta para a necessidade de nova postura da banca, nomeadamente da Caixa Geral de Depósitos. Rui Moreira acredita que as medidas fiscais deste governo são temporárias. "Espero que o sejam, e, se assim for, temos de preparar a nossa economia nos próximo ano e meio".

E aponta algumas medidas: "Não podemos continuar a ter uma economia que não está regada por meios financeiros suficientes. Não há fontes de financiamento. A banca não disponibiliza meios financeiros. Portanto, é preciso encontrar água para regar a economia portuguesa".

Lembra, entretanto, do perigo das empresas portuguesas financiarem-se no exterior. "Os grandes compradores internacionais já perceberam que as empresas portuguesas precisam de receber a 30 dias e isso significa exigir descontos".

Em termos laborais considera que é necessário reduzir as horas extraordinárias havendo mais flexibilização a este nível, e combater as baixas fraudulentas.

Rui Moreira falou da cartelização da economia portuguesa naquilo que são os sectores de bens e serviços não transaccionáveis mais "um escândalo nacional, e que permite os monopólios privados", neste aspecto defende a aplicação de uma lei anti-trust que proíba a concentração defendendo a aplicação de lei anti-trust.

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