Rui Alves fora da corrida para a presidência da Liga

Rui Alves, um dos três candidatos às eleições de junho para a presidência da Liga de Clubes de futebol, anunciou nesta quinta-feira que não se apresentará a votos para o novo ato eleitoral, afirmando que "para tudo há limites".
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"É um dia feliz para aqueles que querem a manutenção do status quo e querem manter as diferenças, as injustiças e as cumplicidades que têm grassado no futebol português. É um dia triste para aqueles que esperavam que a divisão dos dinheiros do futebol profissional português podia ser realizada de forma mais justa e de molde a tornar mais competitivo o nosso campeonato." São estas as palavras que terminam o comunicado oficial da retirada da candidatura de Rui Alves à direção da Liga de Clubes.

O antigo presidente do Nacional da Madeira afirma também que Carlos Deus Pereira, presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga, "não sabe interpretar estatutos" e adotou "absurdas posições jurídicas" no decorrer de todo o processo eleitoral. Na sequência de um Acórdão do Conselho de Justiça da FPF, Carlos Deus Pereira remarcou novas eleições para 27 de outubro, abertas a outras listas que não apenas as três originais.

Rui Alves recordou que, no futebol profissional em Portugal, "o dinheiro distribuído ao primeiro classificado da Liga representa 14 vezes o montante de dinheiro distribuído ao último classificado".

O comunicado pode ser consultado na íntegra na página oficial da candidatura de Rui Alves no Facebook, em que o ex-presidente do Nacional da Madeira declara que "há limites para tudo" e que por isso decidiu não avançar com uma candidatura à presidência da Liga de Clubes.

A lista de Rui Alves para as eleições de 11 de junho foi rejeitada - tal como a de Fernando Seara - uma vez que o presidente da Mesa da Assembleia-Geral eleitoral da Liga, Carlos Deus Pereira, considerou que ambas continham irregularidades. Assim, apenas a lista do atual presidente, Mário Figueiredo, foi a votos, ganhando umas eleições que posteriormente o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol mandou repetir.

Neste momento, para concorrer aos órgãos sociais da Liga de Clubes, cada candidato deve reunir o apoio de quatro clubes, sendo que Rui Alves apenas tinha apoio de três. Os restantes candidatos às eleições de 11 de junho - Mário Figueiredo (atual presidente da Liga) e Fernando Seara - não têm, neste momento, apoios suficientes.

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