Rufus Wainwright volta com ópera mas com saudades do mundo pop

Regressa a Portugal para apresentar um espetáculo que parte da sua primeira ópera, <em>Prima Donna</em>
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Seria inevitável que um dia Rufus Wainwright compusesse uma ópera. Desde cedo que o músico revelou nas suas canções que essa era uma das suas referências musicais basilares, mesmo que durante anos os seus temas tenham respeitado os trâmites convencionais a que obedece uma canção pop. Prima Donna é o título da sua primeira ópera, estreada há já seis anos, no Manchester International Festival, tendo recentemente sido editada em CD pela Deutsche Grammophon. Amanhã e sábado Rufus apresenta na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, um espetáculo que parte desta ópera, mas não se fica por aqui.

"Não aceito trabalhar tanto numa coisa e, depois, muitas das pessoas não a poderem ver", confessa o próprio, em conversa com o DN. "Foram horas e horas de dor e sofrimento, de amor e alegria. Não queria simplesmente abandoná-la e achar que este tinha sido o fim da história", salientou. Mas, como montar uma produção como esta envolve custos muito avolumados, este ano, também a propósito da edição em disco de Prima Donna, Rufus Wainwright decidiu levar a cabo um espetáculo que parte desta ópera, acompanhado por um filme de Francesco Vezzolli, com Cindy Sherman no papel da protagonista, contando ainda com uma segunda parte na qual Rufus interpreta as suas canções ao lado da orquestra, mas também de cantores líricos.

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