Ruby não será ouvida em processo contra Berlusconi

A jovem dançarina marroquina esteve no tribunal de Milão mas afinal não será ouvida em processo em que o ex-primeiro-ministro italiano é acusado de prostituição infantil e abuso de poder.
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O processo, que ficou conhecido pela imprensa como "Rubygate", foi retomado esta segunda-feira, em Milão. Mas não terá o depoimento de sua protagonista, "Ruby, a ladra de corações".

Os juízes rejeitaram o pedido de adiamento feito pela defesa. Os advogados de Silvio Berlusconi tentaram poupar a sua imagem, pois ele é candidato de uma coligação de centro-direita nas eleições legislativas de 24 e 25 de fevereiro.

O depoimento da jovem marroquina Karima El Mahroug, conhecida como "Ruby", era o mais aguardado. Entretanto, depois de um acordo entre a defesa e a acusação, a jovem já não será ouvida. O tribunal terá como base apenas os registos de suas declarações feitas aos investigadores.

"O que interessa a Ruby, é mostrar que ela esteve aqui o dia todo, disponível tanto para os juízes, quanto para a acusação ou a defesa", disse a sua advogada, Paola Boccardi, aos jornalistas. "Ela estava muita surpreendida por não ser ouvida", disse a advogada.

É a primeira vez que Ruby comparece em tribunal,. A jovem esteve ausente das audiências de 10 e 17 de dezembro. A sua versão sobre as célebres festas bunga-bunga organizadas pelo político italiano na sua residência, em 2010, é a mais esperada pela imprensa que acompanha o caso.

Berlusconi está a ser julgado, em Milão, desde abril de 2011 por prostituição infantil e abuso de poder. Ele é suspeito de pagar por serviços sexuais da jovem dançarina e ter pressionado a polícia italiana a libertá-la, depois dela ter sido presa por roubo em maio de 2010.

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