Rubalcaba confirma primárias para candidato a PM

Uma semana depois de o PSOE ter ficado atrás do PP nas europeias, Alfredo Pérez Rubalcaba, que entretanto se demitiu da liderança do partido, anunciou hoje na sua página de Facebook que, no congresso de julho, serão os militantes socialistas a escolher o novo secretário-geral e que, depois disso, serão convocadas primárias abertas para escolher o candidato a primeiro-ministro do PSOE nas próximas legislativas de 2015.
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"Amanhã apresentarei à Comissão Executiva o regulamento do Congresso no qual os militantes votarão pela primeira vez o secretário-geral. A direção que sair do Congresso de julho será encarregada de convocar umas primárias abertas para escolher o candidato às próximas eleições gerais", escreveu Rubalcaba na sua página de Facebook, que tinha, às 16H00 de hoje, 67 748 "gostos".

Sucessor do ex-primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero, Rubalcaba escreve que considera que ambos os processos serão bons para a democracia. "Ambos os processos, a eleição do novo secretário geral pelos militantes, e a do candidato à presidência do Governo através de primárias abertas, terão algo em comum: o aumento da participação, para que em duas decisões transcendentais seja implicado o maior número de pessoas".

Rubalcaba termina o post no Facebook a agradecer aos militantes e simpatizantes todas "as manifestações de carinho". A todos eles diz: "Obrigada, de coração".

O Congresso extraordinário do PSOE realiza-se entre 18 e 20 de julho. Até agora, há apenas um candidato declarado a secretário-geral do PSOE, o ex-deputado José António Perez Tápias, mas fala-se de muitos outros nomes. A ex-ministra da Defesa Carme Chacón, a presidente da Junta da Andaluzia Susana Díaz ou ex-presidente do governo autónomo do País Basco Patxi López são alguns deles. No entanto, numa carta aos militantes, no seu novo site, Chacón esclareceu esta tarde que não pretende apresentar-se na corrida para secretária-geral do PSOE.

As primárias abertas, em que todas as pessoas podem votar, mediante registo prévio, já foram experimentadas pelo Partido Democrático italiano para eleger vários dos seus secretários-gerais e pelo Partido Socialista francês para escolher o seu candidato a Presidente nas últimas eleições de 2012.

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