RTP está pronta para realizar Festival da Eurovisão todos os anos
A regra diz que o país que vence a Eurovisão tem de acolher o espetáculo no ano seguinte. Foi isso que aconteceu com Portugal, que depois de emitir a primeira semifinal garante estar preparado para mais. "Estamos prontos para mais Eurovisão", diz o produtor executivo do Eurovision Song Contest (ESC) Portugal, João Nuno Nogueira. Não só pelas competências que têm adquirido, mas também pelos padrões económicos. O responsável da RTP assegura que "com o orçamento de um cêntimo por espectador, como produtor executivo, é um valor com que estou confortável, é um padrão internacional, e neste padrão estamos prontos".
Já o presidente da União Europeia de Radiotelevisão (EBU, na sigla em inglês), Jon Ola Sand limitou-se a constatar: "Se ganharem, voltam a ser os anfitriões."
Os responsáveis pela organização deram ontem uma conferência de imprensa para fazer um balanço da edição, depois de ter sido transmitida a primeira semifinal e do ensaio geral da segunda semifinal.
A RTP voltou a sublinhar o desafio que é fazer um espetáculo desta dimensão: "É o espetáculo de televisão mais exigente do mundo e é muito mais do que um programa de televisão", aponta João Nuno Nogueira. Para o espetáculo, a RTP procura que "seja tão elegante e simples como a atuação de Salvador Sobral, tão distintivo como a cidade de Lisboa e que se destaque como a EBU quer".
Um dos desafios da Eurovisão é a montagem de todos os números em palco. Um desafio, especialmente num ano em que "todos os países pensaram duas vezes como iam fazer a sua atuação em palco, temos mais adereços do que nunca", sublinha o diretor do espetáculo, Christer Björkman. Números e adereços que aumentam a complexidade do espetáculo. Ontem, uma falha técnica obrigou o cantor sueco Benjamin Ingrosso a cantar em último lugar, em vez de seguir a ordem estipulada, entre a Letónia e Montenegro. "Os gráficos têm de ser muito precisos e houve um que não funcionou, esperamos que funcione amanhã e no sábado", justificou, na conferência de imprensa, Christer Björkman.
Na segunda semifinal, as apresentadoras fazem uma recriação do número de Riverdance da final de 1994, em Dublin. Mantém-se o momento Planet Portugal, com guião de Ana e Nuno Markl e Luís Miranda, que provocou críticas entre os espectadores britânicos, e também está preparada uma evocação de E depois do Adeus, primeira senha do 25 de Abril.
Alemanha, Itália e França, que já estão na final, mostram um pouco da sua música. O espetáculo com as 18 canções desta semifinal, bem diversas, começa às 20.00 e depois saber-se-á quem são os últimos dez concorrentes que irão disputar a final de sábado.