"Ou a RTP não assinou contrato algum, e então deve impugnar de imediato um processo audimétrico que fala abusivamente em seu nome, passando daí à responsabilização da Comissão de Análise de Estudos de Meios (CAEM) pelos prejuízos já sofridos; ou então a RTP assinou algum contrato que não acautelava devidamente os seus interesses" que deverá ser rescindido, declarou a CT em comunicado..Os trabalhadores da RTP acusam a empresa GfK, que começou a realizar a medição de audiências a 01 de março, de utilizar aparelhos de medição "comprados num bazar oriental, de fraca qualidade", com um painel apresentado a mostrar "distorções muito consideráveis".."Tal como as agências de 'rating' destroem países inteiros com base em manipulações contabilísticas, estamos perante o risco de ver a RTP destruída com a ajuda decisiva de um passe de prestidigitação audimétrica", acusou a CT, acrescentando que a candidatura daquela empresa ficou atrás das três concorrentes..Esta quebra nas audiências "assenta como uma luva à campanha do ministro Miguel Relvas sobre o despesismo da televisão pública", encontrando-se nesta combinação "a receita para lançar o camartelo contra a RTP", afirmam..As audiências da RTP caíram de forma significativa após o começo das novas medições, passando de um 'share' de 19,7 por cento no dia 01 de março e de 27,2 no dia seguinte para 13,9 aquando da estreia da GfK. A TVI obteve a liderança, segundo dados divulgados no sábado, nos 23,9, com a SIC imediatamente atrás, nos 21,7 por cento e a RTP 2 sem desvios de maior.