RTP adere à greve e protesta contra o ministro Relvas
O Sindicato dos Jornalistas fez pré-aviso de greve, mas na Lusa "não houve nenhum plenário e, por isso, posição coletiva sobre a greve", diz o porta- voz do sindicato da agência noticiosa com capital do Estado. Não é, por isso, possível antever qual nível de adesão esperado para esta greve de quinta-feira.
Na RTP, os organismos sindicais anunciam "greve a todo o trabalho suplementar, incluindo feriados por tempo indeterminado", explica Fernando Andrade, delegado sindical dos jornalistas e elemento da Comissão de Trabalhadores
Uma adesão à greve que deverá contar com coro de protestos e com cartazes de crítica ao presidente do Conselho de Administração, Guilherme Costa, e ao ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. "Os cartazes justificam-se porque o governo está a comportar-se como um agente imobiliário na RTP", justifica Andrade. Os protestos vão também incidir sobre a moção que foi entregue na passada segunda-feira à Administração e que, explica o delegado sindical, não mereceu resposta até ontem ao final da tarde.
Recorde-se que a moção, aprovada na sexta-feira, 16 de março, reclamava da Administração que o Plano de Reestruturação não previsse "despedimentos, nem deslocações coercivas do local de trabalho, nem perda de vínculo à empresa". No documento, era ainda pedido que fosse "aplicado na RTP os mesmos critérios de exceção, ou 'adaptação', aos cortes salariais já aplicados noutras empresas públicas".