De acordo com fonte judicial, Miguel não está constituído arguido, mas o relatório da balística do departamento da Polícia Judiciária (PJ) originou a abertura de um processo criminal e ainda não existe data para a inquirição ao jogador, actualmente nos quadros do clube espanhol Valência.."Miguel estava junto da pessoa que disparou e é natural que vestígios tenham saltado para a sua roupa. Também é normal vestígios na mão, porque foi ele que tirou a arma das mãos de quem a tinha", comentou António Pragal Colaço, advogado do futebolista, que desconhece o teor do relatório..O causídico manifestou à agência Lusa a convicção de que "Miguel não será constituído arguido" e notou que o indivíduo pertencente ao grupo de Miguel, detido após o incidente e já julgado em processo sumário por posse ilegal de arma, "assumiu a propriedade" do revólver de 6.35mm..No entanto, António Pragal Colaço ressalvou que "os vestígios de pólvora" detectados pela Polícia Científica no vestuário e na mão de Miguel "não são dessa arma, mas da arma de um dos seguranças da discoteca", com quem Miguel e os elementos do grupo se envolveram em confrontos físicos, antes e depois da troca de tiros..Fonte da PSP disse que o grupo de Miguel era constituído por "quatro a cinco indivíduos", que tentaram entrar numa discoteca na Cruz de Pau, a 26 de Dezembro, cerca das 05:00..Os seguranças do estabelecimento barraram-lhes o acesso, o que originou uma discussão acesa, ao que se sucederam disparos com armas de fogo..A PSP revelou que o grupo de Miguel voltou à discoteca às 07:00, onde agentes da autoridade os interceptaram, levando-os para a esquadra da Cruz de Pau para identificação e recolha de elementos para as averiguações..Na operação policial, o carro de Miguel foi apreendido para se proceder a investigações e devolvido semanas depois. .Enquanto Miguel e outros elementos do grupo saíram da esquadra à 09:00, um indivíduo ficou detido para ser presente a tribunal por ser portador de arma sem possuir título legal.