"Rosa Mota voltou a cobrir-se de glória, e de glória o desporto português, sagrando-se campeã olímpica da maratona, o título que faltava na sua carreira de campeã mundial e europeia". Era ssim que começava o texto de capa do dia 23 de setembro de 1988 do Diário de Notícias..A reportagem, assinada pelo jornalista António Castro, enviado especial a Seul, destacava a forma como a atleta portuguesa se impusera "de maneira categórica na parte final da corrida, entrando isolada no Estádio Olímpico e concluindo a maratona em 2 h 25 m 39,4 s, com 150 metros de vantagem sobre Lisa Martin, da Austrália, que detinha a melhor marca do ano (...)"..O artigo contava como "as 72 concorrentes largaram do Estádio Olímpico, numa manhã de sol, com 28 graus e 84 por cento de humidade, às 9 e 20 locais (meia hora da madrugada em Lisboa)"..Rosa Mota seria a vencedora, numa prova em que "só acidentalmente deixara o comando"..Na legenda da foto que acompanha a notícia, com o título "Rosa Mota coroada em Seul campeã olímpica da maratona", lê-se: "Radiante de alegria, fresca como uma Rosa, aí está a extraordinária atleta portuguesa a entrar no Estádio Olímpico."