Ronaldo na liga da Arábia Saudita? "Tudo é possível", diz ministro

Príncipe e ministro do Desporto da Arábia Saudita "adoraria ver" Ronaldo jogar na liga do país. "Beneficiaria o campeonato" e "inspiraria" os jovens, afirmou em entrevista à BBC.
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O príncipe e ministro do Desporto da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Turki Al-Faisal, adorava ver Cristiano Ronaldo, de 37 anos, jogar naquele país. "Tudo é possível", disse em entrevista à BBC. A representar Portugal no Mundial2022, o jogador está sem clube, depois de rescindir, por mútuo acordo, com o Manchester United, a poucos dias do início da competição no Qatar.

"Adoraria ver o Ronaldo a jogar na liga saudita", assumiu Abdulaziz bin Turki Al-Faisal à estação de TV britânica. "Beneficiaria o campeonato, o desporto no país e inspiraria os nossos jovens para o futuro. Ele é um modelo para muitas crianças e tem muitos fãs" na Arábia Saudita, disse o príncipe e ministro do Desporto. O capitão da seleção terá recusado no verão uma proposta de 350 milhões de euros para jogar num clube da Arábia Saudita por duas épocas.

O príncipe Abdulaziz bin Turki Al-Faisal disse também que as hipóteses da Arábia Saudita em ser o palco de um campeonato do mundo de futebol aumentariam se ganhasse os direitos de ser a sede das competições asiáticas de futebol feminino e masculino, em 2026 e 2027

A Arábia Saudita está em negociações com o Egito e a Grécia para uma candidatura à realização do Mundial de 2030, disse uma autoridade egípcia em setembro. "Qualquer país do mundo adoraria ser a sede de um Mundial", disse o príncipe.

"Temos muitos estádios que atendem aos requisitos de que precisamos, mas ser o anfitrião de um evento como este não é apenas sobre os estádios, é sobre a infraestrutura, as pessoas, sobre a preparação de todos (para) o evento", considerou.

Abdulaziz bin Turki Al-Faisal afirmou que a Arábia Saudita "definitivamente apoiará" ofertas pelos gigantes da Premier League inglesa, cujos proprietários estão a sondar investidores.

"Do setor privado, não posso falar em nome deles, mas há muito interesse e muita paixão pelo futebol", reconheceu na entrevista à BBC. "Definitivamente, apoiaremos se algum setor privado [saudita] entrar, porque sabemos que isso refletirá positivamente no desporto do reino", acrescentou o príncipe.

Os donos norte-americanos do Manchester United, recorde-se, surpreenderam esta semana ao revelar que estão a considerar vender o clube, poucas horas depois do anúncio da saída de Cristiano Ronaldo.

Os donos do Liverpool, também norte-americanos, disseram que estão abertos a novos acionistas, mas não chegaram a confirmar os relatos de que o clube estaria à venda.

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