Ronaldo ainda é o maior goleador do Euro. Ingleses são maior ameaça
Cristiano Ronaldo continua com a sua assinatura bem marcada no Campeonato da Europa de 2020, apesar de a seleção nacional ter sido afastada, sem glória, nos oitavos de final perante a Bélgica. Por terra caiu o sonho de voltar a erguer o troféu de campeão conquistado em 2016, no Stade de France, em Saint-Denis, perante os franceses, mas o capitão português regressou agora a casa com a esperança de, pelo menos, sagrar-se melhor marcador do Euro 2020, o que, a confirmar-se, será um prémio individual que alcança pela primeira vez numa competição de seleções.
CR7 contabiliza cinco golos e, no sábado, viu o avançado checo Patrik Schick, de 25 anos, igualá-lo no topo da lista de melhores marcadores, ao fazer o único golo da República Checa na derrota com a Dinamarca (1-2). O jogador do Bayer Leverkusen ficou, no entanto, por aí e regressou a casa com a certeza de que não irá ser coroado goleador do Euro 2020 por causa dos critérios de desempate. Isto porque, em caso de igualdade, vencerá o prémio quem tiver mais assistências para golo, e aí Ronaldo tem vantagem por ter feito o passe para Diogo Jota faturar o segundo golo da equipa das quinas na derrota com a Alemanha (2-4), em Munique. Ainda assim, o terceiro fator de desempate também favorece CR7 em relação a Schick, pois o português tem menos minutos de utilização na fase final do Europeu: 360 contra 404 do avançado checo.
Assim sendo, no torneio em que Ronaldo conseguiu igualar o recorde de golos ao serviço de seleções nacionais, que há mais de 15 anos estava na posse do iraniano Ali Daei, poderá arrecadar um título individual que lhe faltava, depois de já ter sido melhor marcador em grandes competições de clubes: Liga dos Campeões (2007-28, 2012-13, 2013-14, 2014-15, 2015-16, 2016-17 e 2017-18), Mundial de clubes (2016 e 2017), Premier League (2007-08), Liga espanhola (2010-11, 2013-14 e 2014-15) e Série A italiana (2020-21).
Com três jogos por disputar no Euro 2020 - meias-finais e final -, são poucos aqueles que ainda podem sonhar com o prémio de melhor marcador e, consequentemente, destronar Cristiano Ronaldo.
O maior perigo para o português vem de Inglaterra, onde Raheem Sterling e Harry Kane contabilizam três golos e podem beneficiar da boa forma da seleção orientada por Gareth Southgate, que na quarta-feira tentará chegar à final no mítico estádio de Wembley, frente à Dinamarca, a surpresa da competição que, no entanto, também tem um candidato ao trono dos goleadores: Kasper Dolberg, que marcou três golos nos dois últimos jogos, aliás, tal como o inglês Harry Kane.
Mais difícil parece a tarefa dos italianos Insigne, Immobile, Pessina e Locatelli ou dos dinamarqueses Yussuf Poulsen e Maehle, que contabilizam dois golos.