Ronaldinho Gaúcho e o irmão Roberto Assis estão livres de qualquer acusação por parte do Ministério Público do Paraguai por posse de passaporte falso, quando tentava entrar naquele país sul-americano..A informação foi divulgada pelo promotor público paraguaio Federico Delfino, que na madrugada desta sexta-feira, em conferência de imprensa revelou que o Ministério Público (MP) considerou que os dois antigos futebolistas - Roberto Assis jogou no Sporting e no Estrela da Amadora - "foram enganados e estavam de boa fé", acrescentando que ambos admitiram o erro..O MP utilizou um recurso no Código Penal do Paraguai, denominado de "critério de oportunidade" para deixar Ronaldinho e o irmão livres de acusação. Este pressuposto é usado naquele país quando os suspeitos admitem o delito e não têm antecedentes criminais.."O senhor Ronaldo Assis Moreira, mais conhecido como Ronaldinho, revelou vários dados relevantes para a investigação e atendendo a isso, foram beneficiados com uma saída processual que estará a cargo do Tribunal Penal de Garantias", disse Federico Delfino..Neste sentido, Ronaldinho e Assis devem comparecer ainda esta sexta-feira a este tribunal de pequena instância, no qual lhes deverá ser aplicada uma pena social, saindo depois em liberdade..O Ministério Público acusou no entanto três pessoas, apontados pela defesa de Ronaldinho como responsáveis pelos documentos falsos, nomeadamente o empresário brasileiro Wilmondes Sousa Lira, para quem foi pedida prisão preventiva, e as paraguaias Maria Isabel Galloso e Esperanza Apolonia Caballero. Mas ainda estão sob investigação outros suspeitos, entre os quais alguns funcionários públicos. Aliás, este caso já provocou a demissão de Alexis Penayo, diretor de imigração do Paraguai..Tudo começou quando Ronaldinho e Assis desembarcaram na quarta-feira em Assunção, capital do Paraguai, para participarem num evento da ONG, Fundação Fraternidade Angelical, a convite do empresário Nelson Belotti, dono de um casino do qual Ronaldinho é embaixador..Na alfândega, os passaportes dos dois brasileiros despertaram a atenção das autoridades paraguaias e ambos passaram a ser suspeitos de porte de documentos falsos e ficaram detidos no hotel onde tinham reserva, aguardando ali que fossem prestar declarações no dia seguinte.