Rompuy faz proposta para viabilizar Orçamento da UE

O presidente da União Europeia "vai apresentar uma proposta que será aceitável para todos" os Estados membros da União Europeia, de forma a viabilizar o Orçamento plurianual de 2014-2020, revelou hoje de manhã o ministro dos Negócios Estrangeiros de Chipre, país que ocupa a presidência rotativa da União.
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A proposta de compromisso será apresentada por Herman Van Rompuy na cimeira de quinta-feira e sexta-feira, e segundo o responsável pela diplomacia cipriota, Andreas Mavroyiannis, permitirá superar as "linhas vermelhas" constatadas segunda-feira à noite num jantar de trabalho entre os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 em Bruxelas.

No encontro de segunda-feira com Rompuy, os representantes de vários Estados consideraram insuficientes os cortes propostos pela Comissão Europeia, na ordem dos 75 mil milhões de euros para um valor total de 1047 biliões de euros.

"A nova proposta tem de ser mais consequente e o valor não pode ser inferior", advertiu o representante da Finlândia, Alexander Stubb. "Devem ser efetuados cortes nos fundos de coesão e nas ajudas agrícolas", defendeu a representante da Suécia, Birgitta Ohlsson. Em sentido contrário, a França bate-se contra qualquer redução na Política Agrícola Comum, tendo rejeitado uma proposta de Rompuy, que previa reduções na ordem dos 25,5 mil milhões de euros. Também a Polónia é contrária a cortes nestas matérias, designadamente na área das políticas de coesão.

O Reino Unido também se mostra intransigente em matéria de verbas. Mas, neste ponto, para as receber, não cedendo o Governo de David Cameron da redução anual de 3,6 mil milhões de euros na sua contribuição para o Orçamento da UE.

Mas, para a presidência cipriota, "há uma vontade muito forte da parte de todos, verdadeiramente de todos, para se chegar a um acordo", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros de Chipre, Andreas Mavroyiannis.

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