Rodrigo Leão entra no "Retiro" com a Orquestra Gulbenkian
Rodrigo Leão tem boas recordações do Grande Auditório da Gulbenkian, aonde, em miúdo, ia assistir a concertos "frequentemente" com a mãe. Depois, ao longo dos anos, continuou a ir lá, guiado pela sua curiosidade musical, como, já este ano, para ver o filme 2001 Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick, com banda sonora interpretada ao vivo pela orquestra. "Foi fantástico", comenta. Mas nada se compara à experiência de estar naquele auditório a gravar o seu disco com a própria Orquestra Gulbenkian a tocar os temas que ele compôs: "É outra coisa." O resultado desse encontro é o disco Retiro, que hoje chega às lojas.
"Componho sozinho, com o sintetizador e o computador", conta o músico, de 51 anos. "É um piano elétrico mas que depois através de um sintetizador tem sons de violoncelos, pianos, flautas, os sons todos. É ótimo mas é muito artificial. Há ali uma enorme incerteza de sabermos se aquilo vai soar como pensámos." Mas a incerteza depressa se desvaneceu. "É uma emoção muito grande quando chegamos ao Grande Auditório da Gulbenkian, que tem uma acústica belíssima, e vemos ali aquela orquestra fantástica. Foi uma felicidade muito grande, acho que foi um momento muito especial para todas as pessoas envolvidas." Por muito que imaginasse como soaria a sua música, "é muito diferente depois quando ouvimos 70 pessoas a tocarem juntas, a respirarem juntas".
Ouça o tema Melancolia, do álbum Retiro, de Rodrigo Leão, com a participação da cantora Selma Uamusse:
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