Rio de Janeiro. Vereador preso por suspeita de participação na morte de menino
O casal foi detido numa casa em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, depois de a Justiça decretar a prisão temporária por 30 dias na sequência de uma investigação sobre a morte do menino, que era filho de Monique Medeiros.
Após a prisão, os investigadores apontaram que Henry Borel Medeiros pode ter morrido após ser agredido pelo vereador, uma vez que, segundo as investigações, Dr. Jairinho (nome pelo qual é conhecido) teria praticado pelo menos uma sessão de tortura contra o enteado semanas antes da sua morte.
A polícia brasileira também afirmou que o casal tentou interferir nas investigações, intimidou testemunhas e combinou versões sobre os acontecimentos da noite em que a criança morreu.
O caso ocorreu em 8 de março, quando o menino chegou morto a um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, com vários hematomas espalhados pelo corpo.
Em seguida, a mãe e o padrasto relataram que encontraram o menino inconsciente no seu quarto após ouvir um barulho e que tentaram socorrê-lo.
No entanto, um exame de medicina legal divulgado pelos media locais concluiu que as causas da morte foram "hemorragia interna" e "laceração hepática" produzidas por uma "ação forçada" (violenta), o que levantou suspeita sobre a versão contada pelo casal.
Ao longo das investigações, a Polícia do Rio de Janeiro ouviu quase 20 testemunhas, entre parentes, vizinhos, trabalhadores, familiares e ex-namoradas do vereador, que relataram ter sofrido agressões praticadas pelo médico.
A morte de Henry Borel Medeiros gerou forte comoção no Brasil e, após a prisão, o casal foi recebido com gritos de "assassinos" na porta de uma delegacia, onde várias pessoas aguardavam a sua chegada.