Ricardo Salgado passou toda a manhã desta quinta-feira no Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) de Coimbra numa perícia neurológica para confirmar o diagnóstico da doença de Alzheimer..De acordo com o JN, o ex-presidente do Banco Espírito Santo entrou na sede do Instituto, no Pólo III da Universidade de Coimbra, pelas 9:10, tendo saído três horas e meia depois..Os resultados exames deverão ser conhecidos no início da próxima semana..O agendamento da perícia neurológica para esta quinta-feira, na sequência da decisão do tribunal no âmbito do processo EDP, foi conhecido a 19 de setembro..A defesa do ex-banqueiro já tinha exigido uma perícia neurológica a Ricardo Salgado, mas só o tribunal cível de Cascais é que tinha autorizado em março a sua realização, embora a mesma não se tivesse ainda concretizado. Na última semana, a juíza Ana Paula Rosa, do Juízo Central Criminal de Lisboa, acedeu ao pedido dos advogados do antigo presidente do BES e validou a realização da perícia ao abrigo do Caso EDP.."Por se afigurar relevante para a boa decisão da causa, determina-se a realização de uma perícia colegial da especialidade do foro neurológico ao arguido Ricardo Salgado (...), a realizar pelo Instituto de Medicina Legal", pode ler-se no despacho de 12 de setembro da magistrada, que deixou ainda expresso o pedido ao Instituto de Medicina Legal para marcação da perícia "com a máxima urgência"..A defesa de Ricardo Salgado tinha igualmente solicitado que o julgamento apenas se iniciasse após a realização da perícia neurológica, mas o tribunal rejeitou a pretensão dos advogados Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce "por se entender que a perícia não se afigura absolutamente indispensável ao início da audiência de julgamento", que ficou agendada para 03 de outubro..Ricardo Salgado vai a julgamento no Caso EDP por um crime de corrupção ativa para ato ilícito, um crime de corrupção ativa e outro de branqueamento de capitais..No processo são ainda arguidos o ex-ministro da Economia Manuel Pinho, acusado de um crime de corrupção passiva para ato ilícito, outro de corrupção passiva, um crime de branqueamento de capitais e um crime de fraude fiscal, bem como a mulher do antigo governante, Alexandra Pinho, a quem é imputado um crime de branqueamento e outro de fraude fiscal.