Ricardinho: ele também é o melhor do mundo
Era o último treino de captação nos infantis do FC Porto e Ricardo Braga ia finalmente saber se podia jogar futebol no clube de eleição, vestir as camisolas listadas que o pai, Américo, já envergara (jogou nas camadas jovens mas nunca chegou a sénior) e que, em posters e cromos, salpicavam de azul e branco as paredes de casa. «Estar ali era um sonho, como se tivesse saído de um ringue para jogar na televisão», diz o melhor jogador de futsal do mundo, eleito pela revista Futsal Planet, a publicação de referência da modalidade. Com 13 anos, pensava que aquele era o instante crucial da sua vida. A glória ou a humilhação.
Tudo começara um ano antes quando, ao serviço do CF Cerco do Porto, o seu padrinho descobrira que o rapaz se transcendia quando motivado. «Disse-me que me dava cinco contos por cada golo que fizesse. Marquei oito.»