Reuters criticada por morte de fotógrafo adolescente
Barakat trabalhava em regime freelance para a Reuters desde maio. Morreu na semana passada enquanto tirava fotografias de um confronto entre as forças rebeldes e os defensores do presidente Bashar al-Assad, no hospital Kindi, em Aleppo.
Vários profissionais da comunicação social manifestaram-se publicamente contra a agência, entre eles Hannah Lucinda Smith, que conhecia pessoalmente o jovem e chorou a sua morte: "Ele perguntava-me muitas vezes se podia trabalhar comigo e eu recusava porque não queria a responsaibilidade de ter um rapaz de 17 anos sem experiência em cenários de guerra nos meus ombros", contou, dirigindo-se também, diretamente, à Reuters: "Espero que, se ele morreu a tirar fotografias na esperança de vendê-las à agência, assumam uma responsabilidade para com ele".
Stuart Hughes, jornalista da BBC, chegou mesmo a enviar um inquérito à Reuters para averiguar a idade da vítima, se recebia algum tipo de treino para exercer as suas funções e como era pago. A resposta da empresa não foi conclusiva: "Estamos profundamente entristecidos com a morte do Molhem Barakat. Para proteger os jornalistas que estão no terreno, numa zona perigosa e volátil, pensamos que é inapropriado fazer mais comentários".