Retaliação. Parlamento iraquiano pede ao governo que proíba entrada de americanos

Deputados defendem "medida de reciprocidade"
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Os deputados iraquianos decidiram esta segunda-feira apoiar uma "medida de reciprocidade" para com os Estados Unidos, depois de o presidente Donald Trump ter proibido a entrada nos EUA aos cidadãos de sete países de maioria muçulmana: Iraque, Síria, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen.

Segundo a agência Reuters, o parlamento do Iraque pediu ao governo para "retaliar" e banir os norte-americanos de entrarem em solo iraquiano. O governo, porém, decidiu não avançar para já com qualquer proibição, tendo pedido a Trump que "reconsidere" a medida. "É necessário que a nova administração americana reconsidere esta decisão errada", frisa um comunicado emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Iraque. Sublinhando a cooperação do Iraque e EUA na luta contra o Estado Islâmico, o governo iraquiano informa, na mesma declaração: "Afirmamos o desejo do Iraque de reforçar a parceria estratégica entre os dois países".

O ordem de Trump, que o presidente norte-americano assinou na sexta-feira, espoletou reações de indignação no Iraque, onde mais de 5000 militares dos EUA estão destacados para auxiliar as forças iraquianas e do Curdistão na luta contra o Estado Islâmico.

Fonte do governo de Bagdade revelou entretanto que o ministro dos Negócios Estrangeiros do Iraque, Ibrahim al-Jaafar, planeia encontrar-se com o embaixador dos EUA no país ainda esta segunda ou terça-feira, para transmitir a consternação do Iraque perante a medida adotada.

No sábado passado, também o Irão decidiu proibir a entrada de norte-americanos, em reação à decisão "insultuosa" do Presidente dos EUA de restringir as chegadas com origem em território iraniano.

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano considerou a decisão "ilegal, ilógica e contrária às regras internacionais". E acrescentou que a sua decisão vai manter-se enquanto a medida dos EUA estiver em vigor.

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