Restos mortais de mafioso retirados de igreja

Os restos mortais do criminoso italiano Enrico de Pedis, suspeito de estar envolvido no desaparecimento em 1983 da filha de um funcionário do Vaticano, foram retirados de uma igreja de Roma e cremados, anunciaram hoje os advogados da família de Pedis.
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O túmulo do antigo líder do grupo de Magliana, que aterrorizou Roma nos anos 1970 e 1980, foi aberto em maio na Basílica de São Apolinário, no coração da capital italiana, a pedido da justiça.

A suspeita era de este túmulo poderia também abrigar os restos mortais de Emanuela Orlandi, sequestrada a 22 de junho de 1983 com 15 anos e cujo pai era funcionário da prefeitura do Vaticano. Mas o túmulo continha apenas os restos mortais de Pedi, morto em 1990 num ajuste de contas.

De acordo com os desejos da família de Pedi, Enrico foi retirado do seu túmulo, levado hoje de manhã da igreja na presença da viúva e dos seus irmãos, antes de ser cremado no cemitério Prima Porta, em Roma, adiantaram os seus advogados.

O desaparecimento de Emanuela Orlandi continua a ser um mistério que envolve o grande crime e ajustes de contas no Vaticano.

As suspeitas deste crime recaíram sobre Enrico de Pedis. Por razões ainda por explicar, o túmulo deste "patrão", supostamente tanto ligado à máfia, como à loja maçónica P2 e a setores financeiros do Vaticano, foi transferido logo no ano da sua morte para a Basílica de São Apolinário, um privilégio raro.

O Vaticano deu o seu aval para a abertura do túmulo de Pedis.

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