Restos de fábrica "tóxica" do século XIX descobertos em Nova Iorque
Já por lá se encontraram os restos de um velho navio de madeira do século XVII e cerâmicas raras do início do século XIX, mas a mais recente descoberta arqueológica na baixa de Manhattan, no histórico coração de Nova Iorque, sendo um achado que enriquece o conhecimento sobre o passado da icónica cidade americana, também levanta preocupações de saúde pública, segundo o The New York Times .
Em causa está a descoberta naquela zona de uma antiga fábrica de termómetros, instrumentos que na época, e até recentemente, eram fabricados com mercúrio, um metal pesado e tóxico.
Em 2013, o edifício onde na altura funcionavam os correios, em Peck Slip, foi remodelado e ampliado para ser ali instalada uma escola, a Peck Slip School, e foi na altura que se encontraram os restos enterrados das antigas chaminés da fábrica.
Agora, com a existência de novos planos de construção para a zona, no sítio onde está um parque de estacionamento, uma visita aos antigos registos da cidades revelou que a antiga fábrica produzia termómetros.
Sob a camada espessa de asfalto, com a qual foi pavimentada toda a zona, o mercúrio não representa aparentemente um problema para a saúde pública, mas face à perspetiva de novas obras no parque de estacionamento junto à escola, os pais dos alunos estão preocupados.
A área de estacionamento, e a sua envolvente, foi recentemente adquirida pela poderosa empresa Howard Hughes, que terá planos de construção para o local.
Os planos, no entanto, ainda não foram aprovados pelas autoridades, e a informação agora conhecida, da existência de mercúrio acumulado no subsolo, não deverá facilitar a sua rápida aprovação.