Restauração recua na cobrança de taxas de cartões
As declarações de Mário Pereira Gonçalves surgem depois do secretário-geral da associação, José Manuel Esteves, ter dito à TSF que esta era uma das propostas que seria discutida nas jornadas da AHRESP, entre hoje e quarta-feira, para contornar o "custo pesadíssimo" do uso do multibanco.
O presidente da AHRESP disse à Lusa que "os empresários não querem passar estes custos para os clientes" e que se tratou de "um equívoco".
O que a associação pretende é que as taxas que lhes são cobradas "sejam iguais às de outros países. São 100 por cento superiores às de Espanha", exemplificou, escusando-se a apontar um valor concreto, pois estes pagamentos dependem das entidades que gerem os cartões e do volume de negócios das empresas.
Mário Pereira Gonçalves considera fundamental diminuir os custos de contexto nas empresas deste sector e propõe, por exemplo, o fim da obrigatoriedade das embalagens individuais de açúcar e manteiga e a extinção das taxas de ocupação da via pública.
Entre as "medidas de choque" que a AHRESP quer discutir com os associados, divulgadas na página da Internet, incluem-se ainda a suspensão da certificação energética e a medição da qualidade do ar, paridade do IVA com Espanha, combate à evasão e fraude fiscal, geradoras de concorrência desleal, tarifário eléctrico especial na baixa tensão, eliminação das instalações sanitárias públicas e aumento dos preços de venda.