Requinte e sabor na mesa de Natal

Os doces são uma das grandes tentações da época natalícia e há para todos os gostos, dos chocolates aos bolos-rei, passando pelas broas, azevias ou rabanadas. Respeitando a tradição ou acrescentando algumas pitadas de inovação, eis algumas dicas para uma mesa gulosa.
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Aqui está um twist de luxo ao Bolo Rainha tradicional. Esta proposta do chef pasteleiro Joaquim Sousa, do The Oitavos, faz as delícias dos gostos mais exigentes e requintados. Trata-se de um Bolo Rainha com alguns ingredientes especiais, nomeadamente pistácios, figos, framboesas e... folhas de ouro comestível. Este bolo é feito com uma massa de bolo lêvedo enriquecida com um sortido de frutos secos e aromatizada com um cocktail de bebidas licorosas e especiarias. Disponível para venda sob encomenda até dia 24 por 37 euros/kilo, esta é a joia da coroa deste hotel de Cascais, que tem outras sugestões no cardápio natalício: Tronco de Natal de frutos vermelhos e pistachio com creme mascarpone (45 euros), Tronc de Natal de chocolate de leite com avelã e baunilha (45 euros), ou Ballotine de fois-gras com chtney de cebola (60 euros).

A Eric Kayser reedita uma proposta natalícia, mas com uma receita, garantem-nos, ainda mais irresistível. A Bûche de Natal é uma verdadeira extravagância de chocolates, com diferentes combinações de texturas, entre estaladiças e suaves. No interior, um recheio de mousse de chocolate negro, que contrasta com a suavidade do crème brulée tipicamente francês, ao qual se junta um pequeno e surpreendente apontamento: Baunilha Bourbon. Um tronco de Natal sofisticado e elegante que custa 35 euros e que irá dar um toque de requinte à mesa. A marca sugere ainda o panettone, um pão doce tradicional de Itália com uma massa suave e alveolada enriquecida com frutas cristalizadas, sultanas, pasta de nozes, e uma crosta exterior polvilhada com amêndoas e açúcar candy (19,50 euros); o Stollen, um bolo artesanal e robusto (9,50 euros). Finalmente, um clássico da Eric Kayser: a Galette des Rois (18 euros), que resulta do equilíbrio perfeito entre a leve massa folhada e o recheio tradicional de frangipane.

A aposta do Café Corcel é a Sopa Dourado, uma receita da bisavó da proprietária que venceu este ano o prémio maior do concurso nacional de bolos especiais e natal. Feita com pão de ló seco cortado em fatias, passado por uma calda de açúcar e banhado com doce de ovos, Rosário Guerra transformou esta receita conventual num sucesso. Vendida num prato de acrílico por 35 euros - não pode ser expedida pelo correio -, era antigamente uma forma de aproveitar os restos de pão ou pão de ló e os ovos que abundavam nos mosteiros e conventos nacionais. O mítico café do Porto, que foi ponto de enconro de artistas e escritores, está renovado desde há ano e meio e veio acrescentar a faceta de pastelaria à sua oferta. Além da sopa dourada, as rabanadas, já duplamente premiadas no mesmo concurso, são uma aposta doce e segura que custa 1,20 euros por unidade. O segredo está na qualidade dos ingredientes, já que, garante a proprietária, a receita é a tradicional.

Fiel à sua receita original desde 1875, o bolo rei da quase bicentenária Confeitaria Nacional é um clássico com um reço que varia entre os 16,50 euros (cerca de 750 gramas) e os 43 euros (cerca de dois quilos) Confecionado com toda a dedicação, implica 12 horas de levedação, as melhores matérias-primas e um segredo cententário. As azevias de grão ou batata doce (cinco euros/4 unidades), as broas castelares (5,25 euros/oito unidades) e as lampreias (26,95 euros) são outras iguarias que aqui pode encontrar.

De cor vermelho rubi intensa, o Taylor's Late Bottled Vintage 2017 é ideal para finalizar a refeição, sendo ele próprio uma sobrmesa completa. Acompanha na perfeição queijos intensos ou sobremesas de chocolate ou frutos silvestres, destacando-se de imediato no paladar peloa presença firte de fruta de baga vermelha. No final distinguem-se na boca sabores ricos de chocolate preto. Tal como um Vintage, o LBV representa o melhor de um ano, neste caso a qualidade da icónica colheita do Douro de 2017, mas é envelhecido em madeira durante quatro a seis anos. Sem ter de ser decantado ou envelhecido, conserva as suas propriedades até dois meses depois da abertura da garrafa. Um vinho de qualidade e acessível, disponível por 15,90 euros.

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